Verminose em felinos: riscos e prevenção
No universo pet, os gatos vêm conquistando um número crescente de admiradores. No Brasil, esses felinos formam uma população estimada em cerca de 27 milhões de indivíduos. O aumento da domesticação dos gatos ajuda a desmistificar algumas ideias acerca da espécie, mas é sempre relevante reforçar a conscientização sobre os cuidados necessários para que permaneçam saudáveis.
Considerados mais autônomos do que outros pets, os gatos criados em ambiente doméstico se apegam aos donos e são mais caseiros — por isso, podem perceber no ambiente externo uma certa hostilidade. No entanto, essas aparentes maior proteção e facilidade na criação não dispensam, por parte do tutor, a prevenção de riscos comuns tanto dentro quanto fora de casa: falamos aqui das verminoses.
Os gatos podem ser contaminados por vermes parasitas que se hospedam no intestino ou em outros órgãos. Quando o animal passeia pela rua, é comum ter contato com resíduos de outros animais. Mesmo em casa, há o risco de ser contaminado por água ou alimentos não higienizados.
Entre as verminoses comuns que podem atingir os gatos está a platinosomose felina, conhecida como “doença da largatixa” — ela acomete o animal, por exemplo, quando ele morde ou ingere esse pequeno réptil. Há também a dirofilariose, transmitida para os felinos por um mosquito infectado. Além disso, pulgas podem transmitir um dipilidiose, verminose comum em pets.
Para todas essas formas de contaminação, a vermifugação é uma medida que deve ser recorrente e, por protocolo, deve ser iniciada no primeiro mês de vida do gato. Sem uma regra taxativa, recomenda-se que a medicação seja ministrada pelo menos duas vezes ao ano, com intervalo de no máximo seis meses. Felizmente, existe ampla variedade de vermífugos eficientes — líquidos, comprimidos e em forma de pipetas — o que dá aos donos opções práticas e acessíveis para cuidarem de seus gatos.
Pets, vale lembrar, sempre terão comportamentos impactados pelo ambiente doméstico e pela convivência com as pessoas — e com os gatos não é diferente. A marca de independência dos felinos é uma característica que agrada aos donos, mas mais importante é lembrar que esses pets também precisam de atenção e cuidados especiais.
Antonio Fontes Machado